A bubalinocultura teve um ponto alto na programação da MegaLeite 2025 na quinta-feira, 12 de junho. O evento, iniciado em 10 de junho, segue até sábado, 14 de junho, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte (MG). As palestras técnicas ocorreram na Sala Belo Horizonte e abordaram, entre outros temas, o impacto financeiro do melhoramento genético porteira adentro. Participaram como palestrantes a zootecnista Gabriela Stefani e o médico veterinário Renato Amaral.
Gabriela apresentou o programa de avaliação genética de búfalos. “Esse programa foi criado para oferecer aos criadores uma ferramenta para identificar o potencial genético dos animais. É um recurso que auxilia os criadores na tomada de decisões sobre quais animais devem continuar no rebanho reproduzindo, e quais animais não têm uma genética favorável e devem ser descartados”, explicou.
Segundo Gabriela, a avaliação genética é feita com base nas informações fornecidas pelo próprio criador. Trata-se de uma análise estatística que considera dados como produção de leite, genética, fatores ambientais, idade do animal, estação do ano e o rebanho ao qual ele pertence. “E com toda essa análise dos fatores que estão influenciando na produção de leite, será possível comparar diretamente animais que estão produzindo entre diferentes rebanhos ou entre diferentes épocas, inclusive de sexos diferentes”, ponderou.
Já o médico veterinário Renato Amaral abordou o impacto financeiro resultante da aplicação do programa de melhoramento genético. “O melhoramento é uma ferramenta que o produtor tem para poder selecionar os seus melhores animais e, com isso, obter um aumento de produção de leite e, logicamente, um melhor retorno financeiro”, definiu.
Segundo Amaral, essa relação se constrói ao ter animais mais produtivos, o que leva ao aumento do volume total de leite. “Por exemplo, se você tem 100 animais e consegue um ganho de um litro por dia em produção, terá 100 litros a mais por dia. Multiplicado por 30, são 3 mil litros por mês, e assim por diante”, calculou.
O palestrante lembrou ainda da importância de uma seleção criteriosa com base nos resultados do programa. “Você vai tirando do seu rebanho os piores animais, com menores avaliações e menos potencial de produção. Com isso, vai aumentando a sua média e o retorno financeiro”, concluiu.